viernes, 13 de diciembre de 2013

MESTRE Nadir Afonso

É com enorme pesar que informamos toda a Comunidade TECNICEA que faleceu aos 93 anos o nosso grande Mestre Nadir Afonso, patrono da Escola EB 2,3 Nadir Afonso pertencente ao nosso agrupamento.
 
Nadir Afonso nasceu a 4 de Dezembro de 1920, em Chaves.
A formação de arquitecto e os contactos que soube estabelecer com nomes grandes da arquitectura internacional ajudam, e muito, a compreender a razão pela qual um jovem de pouco mais de vinte anos, num país que não era conhecido pela sua abertura aos movimentos artísticos internacionais, se impôs com uma obra totalmente diferente da maioria dos artistas seus contemporâneos, marcadamente pela abstração geométrica.
Os anos 60 são os anos da consagração. Representa Portugal na Bienal de S. Paulo (1961 e 1969), recebe os prémios Nacional de Pintura (1967) e Amadeo de Souza-Cardoso (1969), e no ano seguinte tem uma retrospectiva na Gulbenkian. Entretanto, a par da pintura, publica regularmente obras de reflexão estética. Entre as quase duas dezenas de títulos da sua autoria, salientamos La Sensibilité Plastique (1958) e Les Mécanismes de la Création Artistique (1970). Em todos, salienta a sua procura do absoluto e da harmonia através da cor e da geometria, uma demanda que partilha com muitos outros artistas modernistas – citemos apenas o Almada Negreiros dos últimos anos e a sua pesquisa sobre o Número de Ouro.
Em meados dos anos 60, já depois de amplamente reconhecida a sua contribuição para a arte moderna portuguesa, passou a dedicar-se exclusivamente à pintura. Contudo, os tempos eram já outros, e as paisagens urbanas geometrizadas que então realizava acusavam uma distância marcada em relação às linguagens desenvolvidas internacionalmente nessa época, ora na sequência da pop art, ora do minimalismo norte-americano.
Nadir tinha também por hábito refazer interminavelmente cada projecto, nunca o dando por terminado: era costume vê-lo, na montagem das muitas exposições que realizou, de pincel na mão a retocar quadros já pendurados na parede. Vivia em Cascais, isolado das mundanidades da arte.
Não é possível falar de Chaves sem falar de Nadir Afonso!
 
 
 

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